Mergulhado na escrita de O DIA EM QUE NAPOLEÃO QUIS INVADIR O BRASIL, o historiador Marco Morel interrompeu o trabalho para compartilhar no blog sua leitura de lazer, mas sem sair do final do século XVIII: “L’inconnu du pont Notre-Dame” (Groothandel), de Jean-François Parot.
Estou lendo, com muito gosto, “L’inconnu du pont Notre-Dame” (Groothandel) – cuja tradução é “O desconhecido da ponte Notre-Dame” -, romance policial de Jean-François Parot, o 13º de um total de 14 da série “Les enquêtes de Nicolas le Floch”, ou “As investigações de Nicolas le Floch”. O personagem principal é um tipo cativante e carismático: transita por toda a sociedade parisiense do final do século XVIII, desde o submundo criminal e a plebe urbana, passando pela altíssima administração pública até os próprios reis (Luís XV e XVI). Delegado de polícia encarregado de “casos especiais”, marquês aristocrata por nascimento, sua atuação se estende à diplomacia e à espionagem, com momentos de risco, suspense de tirar o fôlego e aventura. São best-sellers eruditos, com linguagem densa, envolvente e atraente. Neste romance a trama começa com um cadáver não identificado de um homem com trajes femininos na ponte Notre Dame e por um roubo de medalhas na Biblioteca Nacional e desenrola-se até os aposentos de Luís XVI e Maria Antonieta. Imperdível. Pena que não esteja traduzido em português.