O CRONISTA DO MÉXICO

Após receber uma impressionante quantidade de críticas maravilhadas LÁ FORA, o mais perfeito retrato literário da capital mexicana, EL VERTIGO HORIZONTAL: UNA CIUDAD LLAMADA MÉXICO, de Juan Villoro, publicado pela Pantheon Books nos EUA, entrou para a lista do Los Angeles Times dos 10 melhores títulos de não-ficção de 2021. Publicado originalmente em espanhol em 2019 pela Almadía, VERTIGEM HORIZONTAL é um ensaio brilhante do renomado romancista e cronista Villoro que investiga e explora sua cidade natal com uma abordagem multifacetada e cheia de paixão. Ode à cultura mexicana e crítica implacável à elite do país, cuja riqueza depende da precariedade da vida do povo, a narrativa compõe um meticuloso compêndio de 25 anos de memórias e é repleta de referências a Amado Nervo, Alfonso Reyes, Ezra Pound e outros.

O título refere-se à expansão horizontal da metrópole, que, pelo risco dos terremotos, não cresceu para cima, com arranha-céus, como tantas outras grandes cidades. Com a sensibilidade e perspicácia de um flâneur observador, à la João do Rio, Juan Villoro perambula pela Cidade do México descrevendo pessoas, lugares e costumes, ao mesmo tempo em que desenha conexões. Ao fazê-lo, revela, em toda sua glória, as vicissitudes e triunfos da história cultural, política e social da capital: da antiguidade indígena ao período asteca, da conquista espanhola à Cidade do México de hoje — um dos principais centros culturais e financeiros do mundo.

Nesse livro de teor iconoclasta que levou um quarto de século para ser escrito, o autor organiza seu texto em torno de temas recorrentes: “Vivendo na Cidade”, “Personagens Citadinos”, “Choques”, “Cruzamentos” e “Cerimônias”. Ao final, conduz a uma surpreendente meditação sobre o genius loci, o espírito do lugar. Paul Theroux deu a Villoro e aos editores a seguinte frase sobre VERTIGEM HORIZONTAL: “Melhor livro que já li sobre a Cidade do México. Melhor que Octavio Paz, melhor que Carlos Fuentes”.