Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o médico nazista Josef Mengele, mundialmente conhecido por experimentos cruéis e por mandar milhares de pessoas para as câmaras de gás no campo de concentração de Auschwitz, viveu em fuga por 34 anos, mais da metade deles no Brasil. Mengele escapou da Justiça, do Mossad, o serviço secreto israelense, e de caçadores de nazistas até sua morte na Ilha de Bertioga, em São Paulo, em 1979. Escondido no Brasil, Mengele criou sua BAVIERA TROPICAL, um lugar onde podia falar alemão, manter suas crenças, seus amigos e sua conexão com a terra natal. Isso só foi possível graças a um pequeno círculo de europeus expatriados dispostos a ajudá-lo até o fim.
Uma dessas pessoas, a austríaca Liselotte Bossert, enterrou Mengele com documentos falsos a fim de manter oculta sua verdadeira identidade até depois de sua morte. Quando, em 1985, esse fato veio à tona e o mundo finalmente descobriu onde estava Josef Mengele, Liselotte ensinava numa escola alemã em São Paulo, e uma de suas alunas era Betina Anton, então com seis anos de idade, para sempre intrigada com o súbito desaparecimento de sua professora de pré-escolar, sem qualquer explicação dada às crianças. Décadas mais tarde, já como jornalista experiente, Betina decidiu investigar o assunto. Mas, ao se reencontrar com Liselotte, sofreu ameaças por querer esclarecer um “caso perigoso”.