Só na semana passada chegou às livrarias norte-americanas e britânicas, pela Penguin, a tradução inglesa de AS VISIONÁRIAS, de Wolfram Eilenberger, segunda biografia de um essencial grupo filosófico assinada por esse autor (a primeira foi TEMPO DE MÁGICOS), com lançamento original alemão pela Klett Cotta, em 2020. No Brasil, a Todavia, que não precisa de sucesso no exterior para validar suas escolhas editoriais e muitas vezes se antecipa à publicação em língua inglesa, lançou esse livro, há mais de um ano, com o subtítulo QUATRO MULHERES E A SALVAÇÃO DA FILOSOFIA EM TEMPOS SOMBRIOS 1933-1943. Em compensação, a aclamação conferida pela crítica LÁ FORA foi muito mais sonora e intensa do que no Brasil.
Saíram resenhas gloriosas de VISIONARIES em The Financial Times, The Guardian, The Observer, The Sunday Times, The Times, The New York Times, Unheard. O livro de Eilenberger sobre as quatro filósofas fundamentais de meados do século XX – Hannah Arendt, Simone de Beauvoir, Simone Weil e Ayn Rand – também figurou em várias prestigiosas listas de leituras recomendadas. Inevitável a gente ficar com uma ponta de inveja desse fantástico espaço que ainda há para livros e literatura LÁ FORA, principalmente na mídia anglo-saxônica.