A SUJEIRA SUÍÇA DE SEMPRE

Amanhã a KiWi vai lançar nas livrarias da Alemanha SEGREDOS SUÍÇOS, uma joia de jornalismo investigativo que detalha como, com a ajuda do governo de seu país, um dos maiores bancos globais escondeu o dinheiro de criminosos, sonegadores, ditadores e figurões da Igreja Católica. Apesar desse escândalo ser o assunto principal dos grandes jornais econômicos mundo afora, o relatório profundo e detalhado de Bastian Obermayer, Frederik Obermaier e Hannes Munzinger, que envolveu mais de 150 jornalistas ao redor do mundo, foi censurado na Suíça pela lei de proteção às informações bancárias, que dá cadeia por lá.

Essa investigação espetacular começou com uma denúncia de um dos integrantes do círculo mais exclusivo do Crédit Suisse e foi desenvolvida em absoluto sigilo ao longo de vários meses com a colaboração de jornalistas de 38 países, incluindo o Brasil, com a equipe da revista Piauí. A denúncia revelou registros bancários de contas que pertenciam a ditadores, generais acusados de tortura, cardeais, chefes do tráfico de seres humanos, entre outros bilionários poderosos. O resultado, que deixou o banco e o governo suíço com muitas questões a responder, é também um apelo em prol da liberdade de imprensa e uma grande contribuição à sociedade.

Os autores, que já receberam prêmios pelo alto nível de seu trabalho jornalístico, incluindo o Pulitzer, são conhecidos mundialmente por outra grande obra investigativa, os PANAMA PAPERS, que revela os esquemas de corrupção de políticos, empresas e grupos do crime organizado ao aproveitar a ausência de fiscalização para o roubo sistematizado. O livro foi traduzido em 16 territórios. Com a revelação do funcionamento interno do principal destino das somas gigantescas, ilícitas e na maioria das vezes, de origem pública e fiscal, dinheiro roubado dos cidadãos do mundo, SEGREDOS SUÍÇOS há de ser uma ferramenta poderosa na luta pelo fim da corrupção mundial, que tanto debilita a economia principalmente aquela dos países mais pobres.