Maurício Torres Assumpção

Nascido no Rio de Janeiro em 1966, Maurício Torres Assumpção graduou-se em Jornalismo e em seguida foi contratado como repórter pela TV-Globo, depois pela TV-Manchete. Em 1991, foi viver na Europa, trabalhando para a revista esportiva Vela & Náutica, em Lisboa. Em 1993, completou seu mestrado em Cinema e Televisão pelo London College of Communication, em Londres. Contratado pela IMG, maior produtora mundial de programas esportivos, trabalhou durante dez anos produzindo reportagens e documentários em mais de 40 países.
Entre esses, In the Heart of Football, documentário de longa-metragem sobre o futebol e a Seleção Brasileira como elementos marcantes da cultura nacional. Lançou o livro A HISTÓRIA DO BRASIL NAS RUAS DE PARIS (LeYa/Casa da Palavra), cuja primeira edição, de cinco mil exemplares, esgotou-se em menos de um ano e foi indicado ao Prêmio Jabuti na categoria Reportagem. Atualmente, Maurício reside em Londres e é redator na Radio France Internationale. CAFEÍNA é seu primeiro romance.
CAFEÍNA
Na última década do século XIX, Paris recebeu uma curiosa leva de migrantes brasileiros. Uns, como a família imperial e a sua corte, foram desterrados pelo golpe militar que proclamara a república em 1889. Outros, republicanos de primeira hora, exilaram-se na França, fugindo dos abusos da República da Espada. Por fim, chegaram os empresários e financistas que haviam participado do Encilhamento, a primeira bolha financeira do Brasil, com suas catastróficas consequências. Em CAFEÍNA, primeiro romance histórico do autor, essa Paris do fim do século, no auge da Belle Époque, serve de cenário para a trajetória de dois personagens – brasileiros e antagônicos. O primeiro, um jovem mulato, Sebastião Constantino do Rosário, filho de um padre francês com uma escrava, refugia-se em Paris depois de acusado de um crime que não cometeu. O segundo, o barão Antônio Lopes de Carvalho, abandona o Brasil para escapar de um processo de estelionato movido pelo governo do marechal Floriano.
A imprevisibilidade do destino fará, entretanto, que as trajetórias desses dois personagens se cruzem em Paris num jogo de acasos e coincidências, pondo a vida do mais forte nas mãos do mais fraco. Livremente inspirada na vida de um barão do Império, a narrativa acompanha a construção de uma usina de torrefação de café brasileiro, cujo prédio resiste até os nossos dias no subúrbio de Levallois-Perret. Em seguida frequenta os eventos sociais organizados pela comunidade brasileira radicada na França, onde se encontram os condes d’Eu, a milionária Eufrásia Teixeira Leite, o médico Hilário de Gouveia, o jovem Alberto Santos-Dumont, todos amigos ou conhecidos da família do barão.

Status/Publicação: Publicado pela Leya em setembro de 2020. [320 páginas]